quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A Mitologia em Os Lusíadas


A Mitologia em Os Lusíadas
A mitologia está presente na humanidade séculos antes de Cristo.
Os povos gregos, conhecedores do Monte Olimpo e consultores do Oráculo, local onde os gregos ouviam as divindades a respeito do futuro, passaram para seus sucessores sua ideia sobre a estrutura do universo.
Os romanos, sucessores mencionados no parágrafo anterior, propagavam para as demais nações a estrutura do universo, desenvolvida pelos gregos, através da religiosidade e dos seus conhecimentos científicos.
Calendários, reflexões, leis matemáticas (como a de Pitágoras) e o alfabeto são alguns dos exemplos de contribuições dos gregos que utilizamos ainda hoje no século XXI.


Os Lusíadas, foram escritos séculos depois da encarnação de Cristo, podemos observar a presença dos deuses mitológicos paralela ao catolicismo do povo lusitano.

O estudo aqui presente tem por objetivo uma reflexão sobre o motivo pelo qual Camões inseriu em sua obra quando descreve a viagem de Vasco da Gama, ao mesmo tempo em que adota uma perspectiva cristã.
O plano mitológico de Os Lusíadas é apresentado pela intervenção de seres sobrenaturais - os deuses; são eles que contribuem para a evolução da acção. Alguns deuses opõem-se à conquista do objecto (descoberta do caminho marítimo para a Índia), outros favorecem-na. Baco é o principal oponente, e Vénus e Marte são os principais adjuvantes.


O Género Épico

O Género Épico




O género épico remonta à antiguidade grego e latina sendo os seus expoentes máximos Homero e Virgílio.



A epopeia é um género narrativo em verso, em estilo elevado, que visa celebrar feitos grandiosos de heróis fora do comum reais ou lendários. Tem, pois, sempre um fundo histórico; de notar que o género épico é um género narrativo e que exige na sua estrutura a presença de uma acção, desempenhada por personagens, num determinado tempo e espaço. O estilo é elevado e grandioso e possui uma estrutura própria, cujos principais aspectos são:




Proposição - em que o autor apresenta a matéria do poema;


Invocação - às musas ou outras divindades e entidades míticas protectoras das artes;


Dedicatória - em que o autor dedica o poema a alguém, sendo esta facultativa;


Narração - a ação é narrada por ordem cronológica dos acontecimentos, mas inicia-se já no decurso dos acontecimentos (“in medias res”), sendo a parte inicial narrada posteriormente num processo de retrospectiva, “flash-back” ou “analepse”



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Estrutura geral de Os Lusiadas

Os Lusíadas
Estrutura Interna e Externa

O poema está escrito em versos decassílabos, com predomínio do decassílabo heróico (acentos pa 6ª e 10ª sílabas). É considerado o metro mais adequado á poesia épica, pelo seu ritmo grave e vigoroso. Surgem também alguns raros exemplos de decassílabo sáfico (acentos na 4ª, 8ª e 10ª sílaba).


· As estrofes são de oito versos e apresentam o seguinte esquema rimático – “abababcc” ( a este tipo estrófico costuma chamar-se oitava rima, oitava heróica ou oitava italiana)


· As estrofes estão distribuídas por 10 cantos. O número de estrofes por canto vario de 87, no canto VII, a 156 no canto X. No seu conjunto, o poema apresenta 1102 estrofes.




1. As partes constituintes


Os Lusíadas constroem-se pela sucessão de quatro fontes:


· Proposição – parte introdutória, na qual o poeta anuncia o que vai cantar (Canto I, estrofes 1-3)


· Invocação – pedido de ajuda as divindades inspiradores (A principal invocação é feita as Tágides, no canto I, estrofes 4 e 5, ás Ninfas do Tejo e do Mondego, no canto VII 78-82 e, finalmente, a Calíope, no Canto X, estrofe 8)


· Dedicatória – oferecimento do poema a uma personalidade importante. (Esta parte, facultaria, pode ter origem nas Geórgicas de Virgilio ou nos Fastos de Ovídio; não existe em nenhuma das epopeias da Antiguidade)


· Narração – parte que constitui o corpo da epopeia; a narrativa das acções levadas a cabo pelo protagonista. (Começando no Canto I, estrofe 19, só termina no Canto X, estrofe 144, apresentando apenas pequenas interrupções pontuais).


2. Os planos narrativos


Obra narrativa complexa, Os Lusíadas constroem-se através da articulação de três planos narrativos, não deixando, ainda assim, de apresentar uma exemplar unidade de acção.


Como plano narrativo fuleral apresenta-nos a viagem de Vasco da Gama à India. Continuamente articulado a este e paralelo a ela, surge um segundo plano que diz respeito à intervenção dos deuses do Olimpo na Viagem. Encaixado no primeiro plano, tem lugar um terceiro, que é constituído pela História de Portugal, contada por Vasco da Gama ao rei de Melindo, para Paulo da Gama e por entidades dividas que vaticinam futuros feitos dos Portugueses.

Os planos temáticos

Plano da Viagem - onde se trata da viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia de Vasco da Gama e dos seus marinheiros;


Plano da História de Portugal - são relatados episódios da história dos portugueses;

Plano do Poeta - Camões refere-se a si mesmo enquanto poeta admirador do povo e dos heróis portugueses;

Plano da Mitologia - são descritas as influências e as intervenções dos deuses da mitologia greco-romana na acção dos heróis.

Ao longo da narração deparam-se-nos vários tipos de episódios: bélicos, mitológicos, históricos, simbólico ricos e naturalistas.

Biografia de Luís Vaz de Camões


Luís de Camões


Luís de Camões (1525-1580) foi poeta português. Autor do poema "Os Lusíadas", uma das obras mais importantes da Literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior poeta do Classicismo português.
Luís de Camões (1525-1580) nasceu em Coimbra ou Lisboa, não se sabe o local exato nem o ano de seu nascimento, supõe-se por volta de 1525. Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, ingressa no Exército da Coroa de Portugal e em 1547 embarca como soldado para a África, participa da guerra contra os Ceuta, no Marrocos, onde em combate perde o olho direito.
Em 1552, de volta à Lisboa frequenta tanto os serões da nobreza como as noitadas populares. Numa briga feriu um funcionário real e foi preso. Embarca para a Índia em 1553, onde participa de várias expedições militares. Em 1556 vai para a China, também em várias expedições. Em 1570 volta para Lisboa, já com os manuscritos do poema "Os Lusíadas", que foi publicado em 1572, com a ajuda do rei D. Sebastião.

Obras de Camões
1572- Os Lusíadas

Lírica
1595 - Amor é fogo que arde sem se ver
1595 - Eu cantarei o amor tão docemente
1595 - Verdes são os campos
1595 - Que me quereis, perpétuas saudades?
1595 - Sobolos rios que vão
1595 - Transforma-se o amador na cousa amada
1595 - Sete anos de pastor Jacob servia
1595 - Alma minha gentil, que te partiste
1595 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
1595 - Quem diz que Amor é falso ou enganoso

Teatro
1587 - El-Rei Seleuco.
1587 - Auto de Filodemo

Selecção de imagens/pinturas do Renascimento

Escola em Atenas




Venus




A criação de Adão



O pecado original e a expulssão do Paraíso

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Humanismo

O Humanismo
Humanismo na antiguidade clássica (Grécia e Roma): manifestou-se principalmente na filosofia e nas artes plásticas. O antropocentrismo (homem é o centro de tudo) norteou o desenvolvimento intelectual e artístico desta fase.


http://www.blogdacidadania.com.br/2012/02/o-humanismo-triunfara-ao-final/


O Humanismo é um nome que se dá á produção escrita histórica literaria do final da idade média e inicio da idade moderna (parte do século XV e início do XVI)


Pode ser definido como um conjunto de ideais e princípios que valorizam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra, amor, liberdade, solidariedade, etc)


http://macieldealmeida.blogspot.pt/2011_02_01_archive.html

O Classicismo em Portugal

O Classicismo se inicia em Portugal no ano de 1527. O marco cronológico desse período é a volta de Francisco Sá de Miranda a Portugal, após passar seis anos na Itália, introduzindo, assim, novos conceitos de arte e um novo ideal de poesia, conhecido como dolce stil nuovo (doce estilo novo).

Em oposição ao ideal quatrocentista de poesia, escrito em redondilha maior ou menor, Sá de Miranda traz da Itália a medida nova (versos decassílabos), já cultivada por Dante Alighieri e Francesco Petrarca. Novas formas poéticas de inspiração clássica passam a ser compostas pelos artistas chamados de humanistas ou italianizantes: o soneto (composição de 14 versos divididos em dois quartetos e dois tercetos), a ode (poesia de exaltação), a elegia (composição inspirada em sentimentos tristes), a écloga (composição amorosa, pastoril), a epístola (composição poética à maneira de uma
carta).

Em 1580, temos a unificação da Península Ibérica sob domínio espanhol. Esse fato marca o fim do Classicismo quinhentista e, sob a influência espanhola, inicia-se o Barroco.


Luis de Camões


Renascimento em Portugal

A chegada a Portugal foi tardia;
Nasceu da mistura do estilo gótico com as novas inavações do sec. XV;
Aparece como forma ornamental associada a arquitectura da última fase do gótico;
No reinado de D. João I verificava-se o contacto de artistas portugueses com as inovações técnicas e estéicas então emergentes em Itália;
Artistas Italianos (ou de formação italiana) eram convidados a trabalhar em Portugal como Francisco Holanda (1517-1584)


Mosteiro dos Jerónimos


Torre de Belém

Eu sou...

Ola malta, chamo-me Bruno Alvito, tenho 21 anos, estou no 12º ano do curso profissional de Técnico de Turismo e frequento a escola secundária D. Manuel I em Beja. Estou a fazer este Blog a pedido da professora de Português, que vai funcionar como um webfólio. Adeus e obrigado pela visita

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O que é um Webfólio



Webfólio é instrumento de avaliação que oferece condições para o aluno revelar suas habilidades e competências que não são facilmente observáveis através de outros meios de avaliação. É um instrumento de avaliação, que possibilita ao aluno condições de refletir sobre o que ele aprendeu e conseguiu realizar no decorrer do ano letivo, permitindo ao professor identificar as habilidades e dificuldades de cada aluno durante o processo de aprendizagem.    
      Durante o trabalho de construção da Webfólio, o aluno torna-se agente efetivo do seu processo de aprendizagem. A elaboração das páginas, permite aos alunos  trocar informações, com o professor e com os colegas através de fóruns e chats.
      O Webfólio é recurso oferecido pela tecnologia para o professor na   observação de percursos em constante revisão e avaliação do aluno no processo de aprendizagem.Oferece várias formas de avaliação e proporciona uma visão geral das atividades efetuadas pelos aluno.