REFLEXÕES DO POETA
O Poeta faz diversas considerações, no início e no fim dos cantos de
Os Lusíadas,
criticando e aconselhando os Portugueses.Por um lado, refere os "grandes e gravíssimos perigos", a tormenta e o dano no mar, a guerra e o engano em terra; por outro lado, faz a apologia da expansão territorial para divulgar a Fé cristã, manifesta o seu patriotismo e exorta D. Sebastião a dar continuidade à obra grandiosa do povo português (I, 9-12; X, 147-152). Nas suas reflexões, há louvores e diversas queixas aos comportamentos. Se realça o valor das honras e da glória alcançadas por mérito próprio, lamenta, por exemplo, que os Portugueses nem sempre saiba maliar a força e a coragem ao saber e à eloquência, destacando a importância das letras. Se critica os povos que não seguem o exemplo do povo português que, com atrevimento, chegou a todos os cantos do Mundo, não deixa de queixar-se de todos aqueles que pretendem atingir a imortalidade, dizendo-lhes que a cobiça, a ambição e a tirania são honras vãs que não dão verdadeiro valor ao homem. Daí,também, lamentar a importância atribuída ao dinheiro, fonte de corrupções e de traições.Lembrando o seu "honesto estudo, "longa experiência" e "engenho", "Cousas que juntas se acham raramente" (X, 154), confessa estar cansado de "cantar a gente surda e endurecida" (X,145 que não reconhecia nem incentivava as suas qualidades artísticas.
De entre as reflexões feitas em Os Lusíadas, merecem destaque os momentos em que o Poeta:
. refere aquilo que o homem tem de enfrentar: "Os grandes e gravíssimos perigos", a tormenta e o da no mar, a guerra e o engano em terra (Canto I, estâncias 105-106);. põe em destaque a importância das letras e lamenta que os Portugueses nem sempre saibam aliar a força e a coragem ao saber e à eloquência (Canto V, estâncias 92-100);. realça o valor das honras e da glória alcançadas por mérito próprio (Canto VI, estâncias 95-99);. faz a apologia da expansão territorial para divulgar a Fé cristã; critica os povos que não seguem o exemplo do povo português que, com atrevimento, chegou a todos os cantos do Mundo "e, se mais mundos houvera, lá chegara" (Canto VII, estâncias 2-14);. lamenta a importância atribuída ao dinheiro, fonte de corrupções e de traições (Canto VII, estâncias 96-99);. explica o significado da Ilha dos Amores (Canto IX, estâncias 89-92);. dirige-se a todos aqueles que pretendem atingir a imortalidade, dizendo-lhes que a cobiça, a ambição e a tirania são honras vãs que não dão verdadeiro valor ao homem (Canto IX,estâncias 93-95);. confessa estar cansado de "cantar a gente surda e endurecida" que não reconhecia nem incentivava as suas qualidades artísticas. Mesmo assim reafirma-o nos últimos quatro versos da estância 154 do Canto X ao referir-se ao seu "honesto estudo", à "longa experiência" e ao "engenho", "Cousas que juntas se acham raramente";. reforça a apologia das Letras (cf. Canto V, estâncias 92-100);. manifesta o seu patriotismo e exorta D. Sebastião a dar continuidade à obra grandiosa do povo português (Canto X, estâncias 145-156).
Reflexões presentes na obra:
a insegurança e as falsidades da vida;.
o desânimo do poeta face ao desprezo dos portugueses pelas letras, e em especial pela poesia;
o valor da honra e da glória;.
o elogio à tenacidade portuguesa;
a sua infelicidade;. a crítica aos seus opressores;
o poder do "vil metal" - ouro;
o significado e o valor da imortalidade.
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