Espaço Físico:
- São dois os espaços físicos nos quais se desenrola a acção: Lisboa e Mafra (macroespaços).
Lisboa: descrevem-se vários espaços dos quais se destacam o Terreiro do Paço, o Rossio e S. Sebastião da Pedreira.
Mafra: passa da vila velha e do antigo castelo nas proximidades da Igreja de Santo André para a vila nova em cujas imediações se vai construir o convento. A vila nova cria-se justamente por causa da construção do convento.
Mircroespaços:
- Terreiro do Paço
- Rossio
- S. Sebastião da Pedreira
Terreiro do Paço
Local onde Baltasar trabalha num açougue, após a sua chegada a Lisboa. É um espaço fulgurante de vida, com grande importância no contexto da sociedade lisboeta da época.
Rossio
Este espaço aparece no início da obra como local onde decorre o auto - de - fé. A procissão propriamente dita saía na manhã de domingo da sede do Santo Oficio e percorria a cidade da Lisboa antes de chegar ao local da leitura das sentenças, numa das praças centrais. À frente seguiam os frades de S. Domingos com o pendão da Inquisição. Atrás destes os penitentes por ordem de gravidade das culpas, cada um ladeado por dois guardas. Depois, os condenados à morte, acompanhados por frades, seguidos das estátuas dos que iam ser queimadosem efígie. Finalmente os altos dignitários da Inquisição, precedendo o Inquisidor – Geral. A sorte dos réus vinha estampada nos sambenitos (Hábito em forma de saco, de baeta amarela e vermelha que se vestia aos penitentes dos autos – de – fé) para que a compacta multidão que se aglomerava soubesse o destino dos condenados
S. Sebastião da Pedreira
Espaço relacionado com a passarola do Padre Bartolomeu e com o carácter mitico da máquina voadora. A passarola insere-se na narrativa como um mito, do qual o homem depende para viver, mito proibido mas que se evidenciará e se deixará ver pelo voo espectacular que se realizará, mostrando que ao homem nada é impossível e que a vida é uma grande aventura. S. Sebastião da Pedreira era, àquele tempo, um espaço rural, onde não faltavam fontes, terras de olival, burros noras, e onde se situava a quinta abandonada. Ali irão as personagens, variadíssimas vezes e pelas razões mais diversas.
O espaço social é o lugar de atuação das personagens enquanto seres sociais. O ponto de vista sociológico em que o narrador se coloca permite-lhe apresentar um quadro claro da vida social do século XVIII.
_ A vida na corte, com a apresentação do séquito real, do vestuário das personagens, das vénias protocolares, do ritual das relações entre o rei e a rainha e todos aqueles que frequentam o paço, sobretudo o clero (Cap. I);
_ Diversas procissões, nomeadamente, a de penitência pela altura da Quaresma (Cap. III), a dos autos-de-fé (Cap. V e XXV); a do Corpo de Deus em Junho (Cap. XIII); que atestam a influência da religião na sociedade;
_ O batizado da princesa Maria Bárbara no dia da Nossa Senhora do Ó (VII);
_ A tourada em Lisboa, no Terreiro do Paço (IX);
_ Os festejos da inauguração e da bênção da primeira pedra do convento de Mafra (XII);
_ As lições de música da infanta Maria Bárbara ministradas por Domenico Scarlatti (XVI);
_ A epidemia de cólera e febre-amarela que dizima o povo (XV);
_ O cortejo nupcial que retrata os casamentos da infanta Maria Bárbara e do príncipe D. José com o príncipe e infanta espanhóis (XXII);
_ Sagração, em 1730, do convento de Mafra, apesar de ainda não concluídas as obras (XXIV)
Este espaço é entendido através do monólogo interior em que as personagens revelam o seu íntimo ou representado através do sonho/imaginação da evocação, da memória e da emoção, podendo, também, ser sugerido através da descrição de atmosferas ilustrativas do pensamento predominante de uma época.
Ora, em Memorial do Convento, a vida da sociedade do século XVIII pauta-se por uma religiosidade fanática e opressiva que dita as regras do comportamento social. É exemplo deste espaço psicológico quando Baltasar relembra o momento em que perdeu a sua mão esquerda na guerra.
Este espaço aparece no início da obra como local onde decorre o auto - de - fé. A procissão propriamente dita saía na manhã de domingo da sede do Santo Oficio e percorria a cidade da Lisboa antes de chegar ao local da leitura das sentenças, numa das praças centrais. À frente seguiam os frades de S. Domingos com o pendão da Inquisição. Atrás destes os penitentes por ordem de gravidade das culpas, cada um ladeado por dois guardas. Depois, os condenados à morte, acompanhados por frades, seguidos das estátuas dos que iam ser queimados
S. Sebastião da Pedreira
Espaço relacionado com a passarola do Padre Bartolomeu e com o carácter mitico da máquina voadora. A passarola insere-se na narrativa como um mito, do qual o homem depende para viver, mito proibido mas que se evidenciará e se deixará ver pelo voo espectacular que se realizará, mostrando que ao homem nada é impossível e que a vida é uma grande aventura. S. Sebastião da Pedreira era, àquele tempo, um espaço rural, onde não faltavam fontes, terras de olival, burros noras, e onde se situava a quinta abandonada. Ali irão as personagens, variadíssimas vezes e pelas razões mais diversas.
Espaço Social:
O espaço social é o lugar de atuação das personagens enquanto seres sociais. O ponto de vista sociológico em que o narrador se coloca permite-lhe apresentar um quadro claro da vida social do século XVIII.
_ A vida na corte, com a apresentação do séquito real, do vestuário das personagens, das vénias protocolares, do ritual das relações entre o rei e a rainha e todos aqueles que frequentam o paço, sobretudo o clero (Cap. I);
_ Diversas procissões, nomeadamente, a de penitência pela altura da Quaresma (Cap. III), a dos autos-de-fé (Cap. V e XXV); a do Corpo de Deus em Junho (Cap. XIII); que atestam a influência da religião na sociedade;
_ O batizado da princesa Maria Bárbara no dia da Nossa Senhora do Ó (VII);
_ A tourada em Lisboa, no Terreiro do Paço (IX);
_ Os festejos da inauguração e da bênção da primeira pedra do convento de Mafra (XII);
_ As lições de música da infanta Maria Bárbara ministradas por Domenico Scarlatti (XVI);
_ A epidemia de cólera e febre-amarela que dizima o povo (XV);
_ O cortejo nupcial que retrata os casamentos da infanta Maria Bárbara e do príncipe D. José com o príncipe e infanta espanhóis (XXII);
_ Sagração, em 1730, do convento de Mafra, apesar de ainda não concluídas as obras (XXIV)
Espaço Psicológico:
Este espaço é entendido através do monólogo interior em que as personagens revelam o seu íntimo ou representado através do sonho/imaginação da evocação, da memória e da emoção, podendo, também, ser sugerido através da descrição de atmosferas ilustrativas do pensamento predominante de uma época.
Ora, em Memorial do Convento, a vida da sociedade do século XVIII pauta-se por uma religiosidade fanática e opressiva que dita as regras do comportamento social. É exemplo deste espaço psicológico quando Baltasar relembra o momento em que perdeu a sua mão esquerda na guerra.
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