O verde da saia que a viúva leva para
a execução de seu marido associa-se à felicidade e foi comprada numa terra
de liberdade: Paris. A saia é uma peça eminentemente feminina e o verde
encontra-se destinado à esperança de que um dia se reponha a justiça. O verde é
a cor predominante na natureza e dos campos na Primavera, associando-se à
força, à fertilidade e à esperança.
A luz surge como
metáfora do conhecimento dos valores do futuro (igualdade, fraternidade e
liberdade), que possibilita o progresso do mundo, vencendo a escuridão da noite
(opressão, falta de liberdade e de esclarecimento), advém quer da fogueira quer
do luar. Ambas são a certeza de que o bem e a justiça triunfarão, não obstante
todo o sofrimento inerente a eles. A luz representa a esperança num momento
trágico.
Na
obra há inúmeras referências à noite: “Ontem à noite entraram mais de dez pessoas na casa
de…”; Mas como, Matilde, como é que se pode lutar contra a noite?”. De fato, é
durante a noite e madrugada que se efetuam as prisões e as execuções
prolongam-se pela noite. A noite simboliza a escuridão, a morte, a tristeza.
O fogo aparece como um elemento
destruidor e ao mesmo tempo purificador e regenerador, sendo a purificação pela
água complementada pela do fogo. Se no presente a fogueira se relaciona com a
tristeza e escuridão, no futuro relacionar-se-á com esperança e liberdade.
Os tambores representam,
em Felizmente há luar! a opressão, o medo, que existia nesse
tempo quando chegava a polícia.
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