terça-feira, 27 de novembro de 2012

Elementos simbólicos em Felizmente há Luar!

Em Felizmente há luar! abundam elementos simbólicos que vale apena interpretar para haver uma compreensão correta da obra.

verde da saia que a viúva leva para a execução de seu marido associa-se à felicidade e foi comprada numa terra de liberdade: Paris. A saia é uma peça eminentemente feminina e o verde encontra-se destinado à esperança de que um dia se reponha a justiça. O verde é a cor predominante na natureza e dos campos na Primavera, associando-se à força, à fertilidade e à esperança.





A luz surge como metáfora do conhecimento dos valores do futuro (igualdade, fraternidade e liberdade), que possibilita o progresso do mundo, vencendo a escuridão da noite (opressão, falta de liberdade e de esclarecimento), advém quer da fogueira quer do luar. Ambas são a certeza de que o bem e a justiça triunfarão, não obstante todo o sofrimento inerente a eles. A luz representa a esperança num momento trágico.




Na obra há inúmeras referências à noite: “Ontem à noite entraram mais de dez pessoas na casa de…”; Mas como, Matilde, como é que se pode lutar contra a noite?”. De fato, é durante a noite e madrugada que se efetuam as prisões e as execuções prolongam-se pela noite. A noite simboliza a escuridão, a morte, a tristeza.





fogo aparece como um elemento destruidor e ao mesmo tempo purificador e regenerador, sendo a purificação pela água complementada pela do fogo. Se no presente a fogueira se relaciona com a tristeza e escuridão, no futuro relacionar-se-á com esperança e liberdade.




Os tambores representam, em Felizmente há luar! a opressão, o medo, que existia nesse tempo quando chegava a polícia. 


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